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segunda-feira, 6 de junho de 2011
Borghese Hermafrodito - cedida pelo Museu do Louvre
ARTISTA:
Marie-Bénédicte Astier
ONDE FICA:
Museu do Louvre (Galeria Borghese)
CARACTERÍSTICAS DA OBRA:
-Largura: 169 cm. Diâmetro 89 cm
-Estilo: Helenístico.
-Datação: século II d.C
-Matéria-Prima: Mármore.
INFORMAÇÕES HISTÓRICAS:
Descoberto em Roma perto das Termas de Diocleciano, em 1608, esta estátua foi uma das mais admiradas obras-primas da Colecção Borghese nos séculos XVII e XVIII. Em 1619, o cardeal Scipione Borghese encomendou ao escultor italiano Bernini para esculpir o colchão em que o mármore antigo encontra-se agora. No mesmo ano, David Larique trabalhou na restauração da figura do Hermaphroditos. O trabalho foi para o Louvre depois de ter sido comprado, juntamente com o resto da colecção Borghese, por Napoleão I de seu cunhado, o Príncipe Camillo Borghese. Embora a figura do Hermaphroditos no Museu do Louvre é o mais conhecido, três outras versões da estátua antiga que tem sido por vezes comparada com ela: a de Velletri (também no Museu do Louvre), que na Galleria degli Uffizi, em Florença, e uma terceira versão, na Villa Borghese, em Roma. Este trabalho é uma cópia romana que foi provavelmente inspirado por um original grego do século II a.C. Plínio, o Velho cita um Nobilis Hermaphroditus por Polykles, mas desde que ele não descreve-o, hesita em compará-lo com este "Hermaphroditus".
CURIOSIDADES:
Não há nada de impróprio neste trabalho, mas ainda intriga o telespectador. Hermaphroditos, filho de Hermes e Afrodite, havia rejeitado os avanços da Salmacis ninfa. Não é possível resignar-se a esta rejeição, Salmacis convenceu Zeus a fundir os dois corpos para sempre, portanto, a união estranha produzindo um hermafrodita com órgãos sexuais masculinos e as curvas volumosas de uma mulher. Torcer a pose do corpo e a aparente tensão até o pé esquerdo ligeiramente levantada são indicativas de um estado de sonho.
SOBRE O TEMA:
O tema reflete o gosto pela languidez nus, efeitos de surpresa, e teatralidade, que foram apreciados no final do período helenístico. O trabalho é projetado para ser visualizado em duas etapas. As primeiras impressões são de um corpo gracioso e sensual que leva a pensar que a figura é uma mulher nua na tradição helenística, este efeito é reforçado pela sinuosidade da pose. O outro lado da estátua, em seguida, traz uma surpresa, revelando a natureza andrógina da figura por meio do mais cruel realismo. Este efeito de contraste e ambigüidade, na verdade esse gosto para o estranho que joga com as emoções do espectador, é o resultado da teatralidade de alguma arte helenístico. Esta combinação utópica de dois sexos é às vezes interpretada como um meio de criação lúdica, semi-erótica, destinada a ilustrar platônica e mais geral reflexões filosóficas sobre o amor.
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